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10 Locais Abandonados Fascinantes para Explorar com Segurança

  • Foto do escritor: Michele Duarte Vieira
    Michele Duarte Vieira
  • 28 de mai.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 30 de jul.

Explorar locais abandonados é uma aventura que mistura curiosidade, adrenalina e um toque de nostalgia. Esses lugares, que um dia foram cenários de vidas, histórias e rotinas, hoje se encontram silenciosos, tomados pela natureza e pelo tempo. São cápsulas do passado que oferecem experiências visuais impressionantes e reflexões profundas sobre a passagem do tempo. No entanto, a segurança é essencial: a exploração urbana, ou urbex, exige planejamento e respeito por normas legais e éticas.


Se você está pensando em iniciar ou aprofundar sua jornada nesse universo, conheça dez destinos intrigantes que, além de hipnotizantes, podem ser explorados com responsabilidade.


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1. Pripyat – Ucrânia


O legado silencioso de Chernobyl

A cidade fantasma de Pripyat, evacuada após o desastre nuclear de 1986, permanece como um dos locais abandonados mais impactantes do mundo. Ruas desertas, brinquedos enferrujados em parques e salas de aula com cadernos ainda abertos formam um cenário quase congelado no tempo.


Dica de segurança: só é possível visitar com guias autorizados e equipamentos adequados à radiação. O controle do governo ucraniano garante segurança relativa, desde que você siga todas as instruções.


Para explorar:

  • Use roupas de manga longa e calçados fechados;

  • Não toque em objetos nem sente no chão;

  • Siga estritamente o roteiro indicado pelo guia.


2. Hashima Island – Japão


A ilha-fortaleza do carvão

Também conhecida como Gunkanjima (Ilha Navio de Guerra), Hashima foi uma colônia industrial da Mitsubishi. Após o esgotamento do carvão nos anos 70, foi completamente abandonada. Suas estruturas em concreto e becos estreitos hoje servem de cenário pós-apocalíptico.


Dica de segurança: passeios turísticos são organizados com horários limitados e áreas específicas liberadas. Ventos fortes e deterioração estrutural tornam a visita guiada a única opção viável.


Para explorar:

  • Chegue via Nagasaki, de barco;

  • Use colete salva-vidas e siga o grupo;

  • Evite dias chuvosos ou com mar agitado.


3. Oradour-sur-Glane – França


Um vilarejo em homenagem ao silêncio

Este vilarejo foi destruído por tropas nazistas em 1944, e o governo francês o manteve como memorial. Carros enferrujados ainda repousam nas ruas, fachadas permanecem em ruínas, e placas explicativas contam a história em cada esquina.


Dica de segurança: trata-se de um local de memória e respeito. Não é permitido entrar nos escombros. A visita deve ser contemplativa, silenciosa e respeitosa.


Para explorar:

  • Chegue cedo para evitar aglomerações;

  • Leve água e use sapatos confortáveis;

  • Respeite os limites e áreas sinalizadas.


4. Craco – Itália


A cidade medieval engolida pela terra

Craco foi abandonada após deslizamentos e terremotos nas décadas de 60 e 70. Suas construções medievais ainda estão de pé, com uma vista deslumbrante da paisagem do sul da Itália.


Dica de segurança: tours oficiais incluem seguro e monitoramento local. As trilhas podem ser escorregadias, então leve bastões de caminhada e equipamentos básicos de trilha.


Para explorar:

  • Agende sua visita com guias locais;

  • Evite andar fora das trilhas demarcadas;

  • Use chapéu e protetor solar no verão.


5. Kolmanskop – Namíbia


Dunas invadindo janelas

No meio do deserto da Namíbia, Kolmanskop foi uma cidade próspera graças à mineração de diamantes. Hoje, está tomada pelas areias. Casas semi-enterradas criam um cenário quase surreal.


Dica de segurança: as visitas são realizadas pela manhã, quando o calor é suportável. Leve bastante água e equipamentos fotográficos protegidos da areia.


Para explorar:

  • Vá de manhã cedo para pegar a melhor luz;

  • Leve lenços para cobrir a boca e o nariz;

  • Respeite os limites das estruturas mais frágeis.


6. Beelitz-Heilstätten – Alemanha


Hospitais assombrados pelo passado

Este antigo complexo hospitalar, utilizado inclusive por Hitler durante a Primeira Guerra, impressiona por sua arquitetura neogótica e corredores abandonados. Hoje, parte do local foi restaurada para tours guiados com passarelas suspensas.


Dica de segurança: explore apenas com autorização. Há áreas instáveis e alto risco em partes não liberadas. As visitas com guias incluem histórias médicas e militares fascinantes.


Para explorar:

  • Reserve com antecedência;

  • Use calçados antiderrapantes;

  • Não se separe do grupo em hipótese alguma.


7. Ilha de Ross – Índia


A natureza retomando o império

Antiga base britânica nas Ilhas Andamão, a Ilha de Ross foi abandonada e agora está quase totalmente coberta por raízes e vegetação. As construções coloniais convivem com árvores que atravessam paredes e escadas.


Dica de segurança: é necessário permissão do governo local. Há rotas demarcadas e guias disponíveis em Port Blair.


Para explorar:

  • Leve repelente e protetor solar;

  • Evite períodos de monções (junho a setembro);

  • Use roupas leves, mas resistentes.


8. Estação Canfranc – Espanha


Um gigante de ferro e vidro adormecido

Conhecida como a “Titanic dos trilhos”, esta estação ferroviária nos Pirineus espanhóis foi um dos maiores projetos da Europa nos anos 20. Após um acidente em 1970, foi esquecida. Restaurada parcialmente, hoje é cenário para visitas e eventos.


Dica de segurança: a estrutura principal está aberta para visitação com horário agendado. Evite áreas isoladas não restauradas.


Para explorar:

  • Reserve visitas com guias locais;

  • Não suba em estruturas ou trens abandonados;

  • Verifique previsão do tempo para evitar neblina intensa.


9. Detroit Central Station – EUA


A alma industrial dos EUA em ruínas

A antiga estação de trem de Detroit simboliza o auge e a queda da era industrial norte-americana. Com sua arquitetura monumental e atmosfera decadente, foi alvo de projetos de restauração recentes.


Dica de segurança: o prédio passou por revitalização. Algumas áreas foram reabertas para visitas culturais. Não tente entrar por acesso não autorizado.


Para explorar:

  • Procure eventos culturais promovidos no local;

  • Informe-se sobre os horários permitidos;

  • Esteja atento a zonas urbanas menos seguras ao redor.


10. Castelo de Bannerman – EUA


Fortaleza no Hudson

Construído no início do século XX como armazém de armamentos, o castelo de Bannerman fica em uma ilha no rio Hudson, Nova York. Um incêndio e o abandono posterior transformaram-no em ruínas cinematográficas.


Dica de segurança: o acesso é feito apenas por barco, com guias que explicam a história da construção. Parte das ruínas está interditada por risco de colapso.


Para explorar:

  • Compre ingressos com antecedência;

  • Leve câmera, mas com cinta de segurança;

  • Siga todas as orientações da equipe da ilha.


Como se preparar para uma exploração segura


Antes de se aventurar em qualquer lugar abandonado, mesmo com guias, é importante se preparar adequadamente. Aqui está um passo a passo prático para quem busca segurança e uma experiência autêntica:


1. Pesquise o local

  • Verifique se é permitido entrar;

  • Leia relatos de outros exploradores;

  • Cheque condições climáticas e saídas de emergência.


2. Monte um kit essencial

  • Lanterna de cabeça;

  • Bateria extra para celular;

  • Máscara ou lenço para poeira;

  • Botas de cano médio com solado antiderrapante.


3. Planeje sua rota

  • Informe alguém de confiança sobre seu itinerário;

  • Marque pontos de encontro com o grupo;

  • Leve um mapa físico (nem todo local tem sinal).


4. Respeite o ambiente

  • Não retire objetos;

  • Não pichar nem alterar nada;

  • Lembre-se: você é visitante da história de alguém.


Quando o silêncio fala mais alto


Explorar locais abandonados é uma experiência que vai além do visual. É um mergulho na memória, no mistério e na capacidade humana de criar e abandonar. Esses espaços, antes cheios de vozes, cheiros e movimentos, agora são testemunhas silenciosas de passagens abruptas e de transformações inevitáveis.


Cada tijolo quebrado, cada cadeira esquecida, cada janela que emoldura o nada conta algo. Algo que não está nos livros, mas que pulsa nos corredores vazios e ecoa nos pés de quem ousa atravessar a poeira da história com respeito e consciência.


Então, da próxima vez que pensar em uma nova aventura, lembre-se que alguns dos lugares mais incríveis do mundo não têm filas nem guias com megafone. Apenas portas entreabertas para um tempo que insiste em ser lembrado.

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